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Regiões menos turísticas registam melhor verão de sempre

Regiões menos turísticas registam melhor verão de sempre

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Regiões menos turísticas registam melhor verão de sempre

Turismoenportugal / Wikimedia
Alguns negócios em regiões portuguesas menos turísticas, como Alentejo, Centro e Norte, tiveram, este ano, o “melhor verão de sempre”, o único fator positivo “dentro do cenário negativo” causado pela pandemia de covid-19, segundo o Turismo de Portugal.

“O que sabemos, do ponto de vista do verão, é que as regiões menos turísticas são aquelas que têm sido mais procuradas, principalmente pelo turismo interno, portanto tem havido uma boa resposta do turismo nacional”, indica o presidente da entidade nacional responsável pela promoção turística, Luís Araújo, em entrevista à agência Lusa.
“Ainda não temos dados [oficiais], mas temos hoteleiros e projetos turísticos que tiveram o melhor verão de sempre, principalmente nestas zonas”, de acordo com as informações transmitidas ao Turismo de Portugal, acrescenta.
E é também de acordo com o feedback do setor que Luís Araújo fala num “turismo familiar” este verão em Portugal, com “períodos mais longos, procura por unidades de alojamento mais isoladas e mais individuais e regiões alternativas”, com o alojamento a ter também “grande crescimento nestas zonas”.

“É uma resposta positiva dentro daquilo que pode ser positivo, é dentro do negativo, porque não estamos nem de perto nem de longe a recuperar o que tínhamos em 2019. Estamos a recuar há alguns anos face ao que tínhamos”, lamenta Luís Araújo.
Com o turismo nacional a representar cerca de um terço do total registado em Portugal, mesmo que duplicasse em 2020, “nunca conseguiríamos chegar ao valor [total] que tivemos no ano passado” em termos de receitas turísticas, que ascenderam aos 18,4 mil milhões de euros, explica.
“A grande dificuldade está nas grandes cidades como Lisboa e Porto, no Algarve pela capacidade de oferta que tem – e também tem sofrido bastante principalmente com a questão do Reino Unido -, e na Madeira e Açores por causa da questão da conectividade”, destaca o responsável.
Contextualizando que “o turismo nacional vive dos grandes destinos, das cidades, do segmento de negócios e do setor dos eventos, que está duramente penalizado, com regras muito rígidas relativamente à organização de eventos”, Luís Araújo fala em “alguns desafios pela frente” no setor.
Um deles é recuperar “a segurança e confiança” dos turistas, tanto nacionais como estrangeiros, nomeadamente da União Europeia (UE), e o outro centra-se nas “questões financeiras, que cada um está a viver de maneira diferente”.
Algumas previsões internacionais, como as da Organização Mundial de Turismo, estimam perdas globais entre os 50% e os 70% este ano devido à covid-19, pelo que Portugal “não deve andar muito longe disso”, perspetiva Luís Araújo.
Ainda assim, o responsável ressalva que “tudo depende de fatores externos, como a questão do controlo da pandemia, as medidas que vão sendo implementadas ao nível da UE, de uma potencial vacina, do aumento da confiança do turismo […] e da retoma da capacidade aérea”.
Certo é que o Turismo de Portugal está já a promover o país como “um destino do ano todo”, esperando assim ter “trunfos para captar turistas até final do ano e no início do próximo”, adianta Luís Araújo.
Luís Araújo é presidente do Turismo de Portugal desde 2016 e, esta semana, passou também a assumir a presidência da European Travel Commission, a entidade europeia para promoção do setor, cargo que vai acumular nos próximos quatro anos.


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