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Tabelas da ADSE entraram em vigor (e já estão a causar polémica) – ZAP

Tabelas da ADSE entraram em vigor (e já estão a causar polémica) - ZAP

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Tabelas da ADSE entraram em vigor (e já estão a causar polémica) – ZAP

(CC0/PD) rawpixel / pixabay
As novas tabelas da ADSE, que definem os preços e regras do regime convencionado, entraram em vigor esta quarta-feira — e já estão a causar polémica.

A atualização das tabelas da ADSE foram conhecidas na noite de terça-feira e entraram em vigor logo no dia seguinte. Mas as muitas alterações da comparticipação nas consultas e outros procedimentos estão a suscitar dúvidas entre os envolvidos.
Se há quem garanta que os novos valores vão melhorar a situação dos cerca de 1,2 milhões de beneficiários, há quem avise para a possibilidade de estes serem prejudicados, avança o jornal Público.
Uma das alterações que serão sentidas pelos beneficiários é o valor que terão de pagar pelas consultas de medicina geral e a grande maioria das consultas de especialidade, que sobe de 3,99 para cinco euros.

Além disso, foram estabelecidos valores máximos para algumas cirurgias, medicamentos e próteses, e as consultas de nutrição continuam a não fazer parte.
Uma das críticas mais ouvidas está relacionada com o facto de a entrada em vigor das novas tabelas ter sido anunciada pela ADSE apenas no dia anterior, o que um dos membros classificava como “lamentável”.
Também o presidente da Associação de Hospitalização Privada (AHP), Óscar Gaspar, se mostrou “muito crítico” pelo facto de as tabelas só serem conhecidas “cerca de três horas antes de entrarem em vigor”.
“Atualizamos preços de consultas, que não eram revistos há muitos anos, incluímos atos médicos que não estavam na lista, e não é verdade que reduzimos os honorários dos médicos. O que fizemos foi, com base no histórico, fixar preços máximos para alguns pontos dos procedimentos cirúrgicos, nomeadamente no que diz respeito aos consumíveis, porque tínhamos alguns locais a cobrar 50 cêntimos por um comprimido de paracetamol e outros a cobrar 3 ou 4 euros. Os prestadores gostavam de ter esta liberdade de preços, mas não aguentávamos isto em termos de sustentabilidade”, disse o economista Eugénio Rosa, representante dos beneficiários no conselho diretivo da ADSE, em declarações ao Público.
“A tabela introduz alterações muito significativas em relação ao que nos tinha sido dado a conhecer há um mês. Dá ideia que houve mexidas de última hora, matérias que só podem ser erro”, disse ainda Óscar Gaspar.
Numa primeira reação às alterações, o Grupo Luz Saúde já fez saber que, apesar de “manter a convenção na generalidade”, vai retirar da mesma alguns serviços (nalguns casos, não em todos os hospitais), por ter concluído que as novas tabelas da ADSE “não valoriza[m] de forma adequada os custos inerentes aos standards clínicos” da empresa, “nem o trabalho dos profissionais de saúde”.
Por fim, também a Ordem dos Médicos demonstrou preocupação por temer que as novas tabelas possam vir a ter “impacto negativo no acesso a cuidados de saúde por parte dos beneficiários da ADSE e também na qualidade dos mesmos”.
ZAP //

 


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