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Siza Vieira assessorou reunião de criação do Novo Banco – ZAP

"A melhor forma de dar a volta a esta crise é o crescimento económico"

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Siza Vieira assessorou reunião de criação do Novo Banco – ZAP

António Cotrim / LusaO ministro da Economia, Pedro Siza Vieira
O ministro da Economia e da Transição Digital, Pedro Siza Vieira, participou em 2014 numa reunião do conselho de administração para a criação do Novo Banco.

Já era público que Pedro Siza Vieira, atual ministro da Economia e da Transição Digital, trabalhou no tema do Novo Banco em 2014, quando era advogado e sócio da Linklaters.
No entanto, esta sexta-feira, o semanário Expresso avança que o governante participou, nessa altura, numa reunião do conselho de administração para a criação do Novo Banco, onde foram discutidas uma série de questões acerca de problemas a resolver deixados pelo Banco Espírito Santo (BES).
Segundo o mesmo jornal, a 4 de agosto de 2014, um dia depois de ter sido declarado o fim do BES, uma dúzia de intervenientes sentaram-se em redor de uma mesa para responder a uma série de questões sobre a criação do Novo Banco, como é o caso dos direitos sobre a Tranquilidade ou o ES Bank.

O Expresso adianta que Siza Vieira, na altura sócio da Linklaters, esteve presente nessa reunião, tendo acabado por ser chamado a participar num conselho de administração do Novo Banco, onde foi convidado a falar.
Esta reunião, que foi o quinto conselho de administração liderado por Vítor Bento, o tema em cima da mesa era uma discussão sobre a BES Finance, uma sociedade nas ilhas Caimão através do qual o BES se financiava. A dúvida prendia-se sobre quem asseguraria a dívida emitida.
Segundo o Expresso, nessa reunião, Siza Vieira revelou que a Linklaters tinha avaliado os termos das obrigações da BES Finance, e propôs que, à semelhança do que acontecera com o BES, a dívida subordinada deste veículo ficasse no BES “mau”, enquanto a dívida sénior seria assumida pelo Novo Banco, salvaguardando-se que o não pagamento de juros às obrigações subordinadas não iriam desencadear o incumprimento por parte do recém-criado banco “bom”.

Na reunião, também se alertou para problemas que então se verificavam, como a paralisação da relação bancária com empresas operacionais que pertenciam ao Grupo Espírito Santo, como a dona do Hospital da Luz (Luz Saúde atualmente).


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