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Prazo para TAP e sindicatos chegarem a acordo já terminou. E ainda não há luz ao fundo do túnel – ZAP
y kawahara / Wikimedia
O prazo para o acordo de emergência entre a TAP e os sindicatos de trabalhadores, que deveria ter sido fechado a 31 de janeiro, foi prolongado até esta terça-feira, mas, até agora, não há ainda luz ao fundo do túnel.
Segundo o semanário Expresso, as negociações não foram concluídas, há reuniões com sindicatos adiadas e não há, para já, qualquer reunião com o ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, marcada para depois desta terça-feira, o dia em que acabava o prazo.
O jornal apurou que tem havido “avanços e recuos” face ao pretendido pelas duas partes. Os sindicatos estão a lutar para que não haja despedimentos e para que o corte de custos se faça através de medidas voluntárias, como reformas antecipadas e licenças sem vencimento, mas também cortes salariais.
De acordo com o jornal online ECO, um recente levantamento feito pelos sindicatos mostra que há, por exemplo, cerca de 560 trabalhadores elegíveis para a reforma antecipada ou a pré-reforma. Nesta lista, há cerca de 280 tripulantes de cabine, 40 pilotos e 240 funcionários que pertencem ao pessoal que trabalha em terra.
Mas este cenário em que não se recorre a despedimentos parece muito pouco provável, indo mesmo contra a proposta do plano de restruturação entregue, em dezembro passado, em Bruxelas.
O acordo de emergência deverá vigorar até 2024, ou até à celebração e implementação de um novo acordo de empresa. O plano de reestruturação prevê a suspensão dos acordos de empresa, medida sem a qual, segundo Pedro Nuno Santos, não seria possível fazer a reestruturação da companhia aérea.
Recorde-se que o plano prevê o despedimento de 500 pilotos, 750 tripulantes de cabine, 450 trabalhadores da manutenção e engenharia e 250 das restantes áreas e a redução de 25% da massa salarial do grupo (30% no caso dos órgãos sociais) e do número de aviões que compõem a frota da companhia, de 108 para 88 aviões comerciais.
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