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Liquidez chega em fevereiro (e “não vai ser preciso mais dinheiro no OE”)

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Liquidez chega em fevereiro (e “não vai ser preciso mais dinheiro no OE”)

António Pedro Santos / Lusa
O ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, garantiu que a injeção de liquidez proveniente do reforço de apoios deverá chegar às empresas já no próximo mês.

Em entrevista ao Jornal de Negócios, Pedro Siza Vieira, ministro da Economia, reiterou que “é muito importante que as empresas recebam esta injeção de liquidez em fevereiro”.
Entre os apoios encontra-se o regresso do lay-off simplificado, sendo que todas as empresas que tiveram de encerrar terão acesso automático, e um alargamento e antecipação do programa Apoiar.
“Vamos fazer tudo para concretizar isso o mais rapidamente possível”, garantiu.

Quanto ao programa de apoio às rendas, os “avisos vão ser lançados no início de fevereiro”. As verbas para estes apoios “vêm de um conjunto de fontes de financiamento”, como fundos europeus e reembolsos de quadros comunitários anteriores.
“Vamos pagar apoios a fundo perdido, correspondentes a seis meses de rendas. Serão 30% para empresas que tenham quebras de facturação superiores a 25%, e 50% para empresas que tenham tido quebras de facturação superiores a 40%. Íamos pagar metade deste valor no primeiro trimestre e a outra metade no segundo trimestre. O que vamos tentar fazer é antecipar isto e concentrar tudo no primeiro trimestre”, adiantou.
O ministro assegurou ainda que “não vai ser preciso mais dinheiro no Orçamento deste ano”, que já “tem uma provisão para acomodar estes crescimentos de despesas”. O Governo já “contava” com eventos como este – “embora talvez não logo no início de janeiro”, admitiu.
Questionado sobre se o Governo continua a prever que 2021 seja um ano de recuperação económica, Siza Vieira respondeu: “Não tenho dúvidas”. “A quebra do PIB no quarto trimestre, por relação com o terceiro, não terá sido tão intensa como previsto”, o que significa que a posição de partida de 2021 foi melhor, mas, reconhece, o primeiro trimestre deste ano está a ser pior do que se antecipava.

“O que vai acontecer nos meses seguintes? Qual vai ser a força da retoma no segundo, terceiro e quarto trimestres? São incógnitas. Neste momento, não é importante saber à décima qual o crescimento do PIB, mas sim termos uma convicção de quais são as tendências e termos sempre planos de contingência e recursos disponíveis para, em função da evolução da situação sanitária, darmos os apoios certos”, defendeu.


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