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Influenciadores e os novos interesses da audiência: como se adaptar
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Muito se fala sobre a receita de sucesso que leva algumas pessoas a se tornarem vozes influentes no ambiente online. Mas será que seguir esse passo a passo, por si só, constrói um perfil de sucesso?
Nos últimos meses, foi possível observar uma tendência crescente de personalidades no Instagram que destoam dos “tradicionais” produtores de conteúdo, trazendo mais originalidade e menos plasticidade para as postagens.
Neste conteúdo, vamos analisar os fatores que influenciam essas mudanças que perpassam a saturação de um formato e levam ao surgimento de novas vozes dentro dessa rede social.
O Instagram e a originalidade
Quando o Instagram surgiu, a proposta da rede era possibilitar o compartilhamento de momentos cotidianos. Além, é claro, de permitir a personalização de suas fotos utilizando um dos quatro filtros disponíveis, naquele primeiro momento.
Pensando na proporção e na relevância que essa rede social alcançou atualmente, é possível apontar inúmeras mudanças, tanto na proposta do aplicativo quanto no uso que os perfis fazem dos inúmeros recursos da rede.
Mas uma coisa continua a mesma: todos os usuários desejam construir um feed esteticamente agradável, composto pelos elementos que postam nessa rede. Mas, para além da noção de compartilhamento da sua vida com os seguidores, o que implica na formação desse senso estético?
Uma das características mais valorizadas em grandes perfis é a autenticidade. Isso quer dizer que a maioria dos influenciadores tem algum diferencial que faz com que eles se destaquem no segmento em que são referência.
A Carol Rocha, por exemplo, é criadora de conteúdo e apresentadora do podcast Imagina Juntas. No seu Instagram, ela compartilha seu cotidiano e fala sobre maternidade sem idealizações.
Essa diferença pode ser na linguagem, na mensagem, na estética ou até mesmo no formato dos conteúdos. Mas uma coisa é certa: a partir do momento em que as coisas começam a ficar muito homogêneas, quando as mensagens vão se unificando dentro da plataforma, o público vai migrando em uma busca por algo novo.
Neste conteúdo, gostaríamos de apontar algumas mudanças na forma como influenciadores comunicam suas mensagens, sendo elas patrocinadas por marcas ou não, já que parece haver um esgotamento contínuo no discurso de personalidades perfeitas com vidas impecáveis.
Será que os novos influenciadores vão representar uma postura que valoriza mais a espontaneidade e a realidade na hora de retratar o cotidiano? E o que está indicando essa virada de chave? Acompanhe o conteúdo e entenda mais sobre essas mudanças!
O amadurecimento do Instagram como empresa
Para entender mais sobre a saturação do modelo de lifestyle atual do Instagram, é necessário que a gente retorne ao ano de 2016, quando a plataforma já estava crescendo em ritmo acelerado e começou a realmente investir no seu potencial como canal comercial.
Portanto, a marca repensou seu modelo de negócios e criou a modalidade de contas comerciais, que nada mais são do que extensões dos perfis pessoais que oferecem mais opções de leitura de dados e possibilidade de fazer campanhas pagas.
Nessa etapa, chegamos a um ponto importante. Até o momento em que o Instagram criou as contas comerciais, não era possível pagar para alcançar um número maior de perfis. Isso significa que um usuário não poderia se deparar com publicações de perfis que ele não seguia em sua timeline.
Hoje, esse acontecimento é tão comum que quase não reparamos conscientemente na proporção intensa de publicidade que se consome nessas redes. Para se ter uma ideia, a cada 3 ou 4 stories, por exemplo, é exibido algum tipo de anúncio.
Isso resulta em uma exposição grande do usuário à publicidade, muitas vezes, indesejada. O que por si só já inicia um processo de desgaste e saturação.
Se de um lado existem as empresas interessadas em crescer sua influência online, de outro estão as personalidades do Instagram, que se tornaram um veículo para que as marcas conseguissem se aproximar, ainda mais, do público.
Influenciadores como porta-vozes das marcas
Essas pessoas possuem milhares de seguidores e, em um momento em que o consumo é associado a uma forma de diferenciação (por exemplo: comprar um aparelho da Apple não é apenas a aquisição de um equipamento, mas uma afirmação social que vai além disso), nada melhor do que associar um produto a uma pessoa que transmite a mensagem que sua empresa quer passar.
Afinal, como já comentamos aqui, um dos grandes atrativos na hora de acompanhar alguma personalidade no Instagram é o elemento que torna esse influenciador diferente, que o destaca dos demais.
A partir do momento em que os influenciadores começam a se aliar a empresas, o feed fica ainda mais recheado com posts que pretendem vender algum produto ou serviço. Isso, quando feito de maneira ineficaz ou pouco estratégica, pode afastar o público que uma empresa deseja alcançar.
Agora você já deve ter entendido como as marcas precisam hoje, mais do que nunca, se esforçar para serem inventivas, uma vez que elas estão em um ambiente que é competitivo ao quadrado.
De um lado dessa moeda existe a massiva presença de empresas nessas plataformas, e do outro lado, está o público, que não quer ter a atenção atraída para os mesmos conteúdos repetidamente.
O outro lado da repetição
Já apontamos como as empresas têm se esforçado para inovar neste momento de grande presença de Ads nas redes. Porém, um outro fator que também pesa nessa relação é a batalha entre personalidades dessa rede social para manter sua relevância. Mas de que forma isso ocorre?
Bem, primeiro é importante pontuar que, assim como o Instagram se transformou completamente, desde quando foi criado até a época atual, a internet muda com muita rapidez. Isso significa que um tópico considerado como grande hit hoje pode ser um fracasso em algumas semanas.
É importante pensar nisso quando falamos de influenciadores no Instagram. A maioria dos perfis que se encaixa nessa classificação faz parte de um momento em que esse tipo de carreira dá seus primeiros passos, ou seja, trabalhar com produção de conteúdo para essa rede é algo muito recente, e as regras estão mudando rápido!
Se antes tirar uma foto em uma parede estilizada, ou postar uma refeição bem-apresentada, como os populares brunchs, era o suficiente para fazer sucesso na rede, hoje já não funciona bem assim.
Dividir um feed por cores, construir filtros personalizados, criar padrões em suas fotos, tudo isso já foi fator de destaque na rede, mas, hoje, isso se tornou tão comum que as pessoas não se interessam por engajar com esse tipo de postagem se elas não oferecem algo mais.
Lugares com propostas de serem “paraísos instagramáveis” estão se tornando obsoletos e, cada vez mais, fica perceptível como o segredo do Instagram está na novidade: a partir do momento em que todo mundo está fazendo, não é mais interessante.
Sendo assim, gravar vídeos dos recebidos, registrar momentos perfeitos de viagens e tirar fotos de eventos luxuosos são exemplos do que está se tornando repetitivo e que, em vez de aproximar o público na rede, pode acabar os afastando.
Afinal, o compartilhamento de uma vida que parece ser sempre perfeita, além de irreal, pode quebrar a identificação do público com o influenciador. Ainda mais nesse momento em que a questão de saúde mental está tão presente nas discussões.
O comportamento padrão de influenciadores já constitui quase um manual, o que acabou resultando em fenômenos como a febre das postagens que são falsas publicidades, em que adolescentes compram produtos e fingem que foram recebidos como presente, para transparecer credibilidade e espelhar o comportamento de influenciadores.
Além disso, fraudes relacionadas à compra de seguidores já custaram bilhões para empresas, que acreditaram investir em algo com retorno certo.
O tipo de comportamento padrão chegou a um nível de esforço e artificialidade que uma influencer conseguiu levar seus seguidores a acreditar que ela fez uma viagem para o festival Coachella, criando postagens que são muito semelhantes a um padrão observado nos perfis de quem frequentou o evento.
Todos esses fatores citados dizem muito sobre a criação de uma cultura que se espalhou muito rápido e, consequentemente, ficou cada vez mais banalizada. Os usuários buscam, cada dia mais, enxergar verdade nas pessoas que elas escolhem acompanhar.
Alguns famosos no Instagram já refletem essa mudança de posicionamento e a quebra dessa noção de perfeição ao falar sobre problemas relacionados à saúde mental, depressão e ansiedade, numa forma de demonstrar fragilidade e mostrar possibilidades estéticas que desviam do padrão do que é considerado belo na rede.
Amina Mucciolo é uma mulher considerada fora dos padrões estáticos que produz diversos conteúdos relacionados a moda, comportamento e lifestyle.
Jen Gotch é fundadora e CCO da marca ban.do. Em seu perfil, ela compartilha diversos momentos, bons e ruins, de sua vida.
Billie Eilish é um dos novos fenômenos da música pop. A jovem mantém uma estética diferenciada no Instagram.
Onde estamos chegando com essas mudanças
Como já comentamos, essas mudanças estão ocorrendo de forma gradual, e é um grande desafio para produtores de conteúdo já estabelecidos se transformarem para atender às novas necessidades do público.
Conforme a profissão de influenciador está sendo estabelecida, tanto os usuários quando os profissionais percebem que as redes sociais exigem um nível de verdade para que sua mensagem seja entregue com sucesso.
Isso pode ser bastante positivo, pensando no atual “fim dos likes” e em como o Instagram é considerado um local nocivo a saúde mental dos usuários. Afinal, acompanhar referências de pessoas mais próximas da realidade, com problemas e estéticas que não se encaixam sempre dentro do que é considerado perfeito, pode ser um alívio.
Principalmente para o grande número de jovens que utiliza a plataforma e ainda está em processo de formação.
E você, acha que o tipo de produção de conteúdo que era feito no Instagram está ultrapassado? O que te atrai em um perfil de influenciador? Divida sua opinião com a gente, ela é muito importante para iniciarmos esse diálogo sobre o cotidiano dentro dessas redes.
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