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A nova grande marca de smartphones é chinesa – mas não é a Huawei

A nova grande marca de smartphones é chinesa - mas não é a Huawei

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A nova grande marca de smartphones é chinesa – mas não é a Huawei

Maurizio Pesce / Flickr
Depois das sanções americanas terem afectado o negócio da Huawei com a inibição de várias funcionalidades da Google, há uma nova gigante tecnológica chinesa a crescer no mercado dos smartphones – a Xiaomi.

Mais nenhuma empresa vendeu mais telemóveis no mundo em Junho. A Xiaomi ficou à frente da sul-coreana Samsung e também ultrapassou a Apple no segundo quadrimestre tornando-se assim a número dois global, avança o The Wall Street Journal.
A empresa tem preenchido a lacuna deixada pela Huawei nos mercados, com a mesma receita usada por outras multinacionais chinesas — produtos comparáveis à competição, mas com preços muito mais competitivos.
A Xiaomi lidera na Europa, com uma quota de mercado de 24% — quase o dobro no plano homólogo. A empresa foi a maior vendedora na Dinamarca, Bélgica, Ucrânia e Rússia.

Há um ano, a Huawei era a maior produtora mundial de smartphones, com um quinto do mercado global. Mas as sanções impostas pelos Estados Unidos a chips importantes e a certas funcionalidades da Google acabaram por ditar a queda da empresa e as vendas no segundo quadrimestre deste ano caíram mais de 80% em comparação com o ano passado.
Por causa disto, quando chega a hora de comprar um novo telemóvel, muitos antigos utilizadores da Huawei optam por comprar um dispositivo da Xiaomi, e John Michael Ausejo é um exemplo disso.
Quando estava à procura de um novo smartphone, o estudante filipino achou os preços pouco atractivos, e acabou por gastar apenas 170 euros num Xiaomi Redmi Note 9 — com uma bateria que dura até dois dias e quatro câmaras.
A filosofia da empresa continua a ser focar-se na produção de smartphones acessíveis, apesar de também estar a aventurar-se na criação de dispositivos mais sofisticados. Um exemplo do WSJ é o Xiaomi Mi11 Ultra, que várias funcionalidades semelhantes com o Samsung Galaxy S21, mas é cerca 340 euros mais barato.
O CEO da empresa, Lei Jun, não é parco nas ambições, tendo já dito que quer consolidar a Xiaomi no segundo lugar no mercado global a curto-prazo e, daqui a três anos, ultrapassar a Samsung e ocupar o lugar cimeiro na venda de telemóveis inteligentes.
Esta explosão da Xiaomi surge depois de vários anos a crescer pouco. A empresa chegou a liderar o mercado interno na China, mas o surgimento de rivais no país, como a Huawei, tirou-a da liderança. As sanções impostas por Trump também afectaram a Xiaomi este ano, mas a empresa conseguiu reverter a decisão depois de uma batalha legal.
Apesar do grande crescimento global, falta ainda ganhar terreno no mercado americano, já que a empresa não tem os acordos necessários com as operadoras para poder vender telemóveis. Mesmo sendo um mercado “atractivo para todos”, o presidente afirma que por enquanto está a focar-se na Europa.

AP, ZAP //


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